Da especialização de advogados em áreas de baixa densidade populacional: uma impossibilidade?
- Luís Pedro Monteiro
- 15 de set.
- 4 min de leitura
Atualizado: 16 de set.
Existe um entendimento abrangente de que o advogado precisa de ser generalista nas áreas de menor densidade populacional, de outro modo torna-se impossível assegurar uma faturação condigna no exercício da sua atividade.
Um raciocínio que faz sentido, e com o qual concordamos, face ao estágio atual da advocacia. O atraso do ponto de vista do posicionamento digital consubstancia-se numa das principais causas para essa realidade, como também o distanciamento que geralmente existe entre o advogado e o seu potencial cliente.
Vamos falar sobre estes aspetos no artigo de hoje. Iremos partilhar sugestões que, se não permitem a especialização, permitem pelo menos que o advogado possa focar a sua prática jurídica nas áreas de atuação preferencial, mesmo em localidades menores.
Se nos quiser deixar uma opinião nos comentários, será bem-vinda.
Um retrato geral do Posicionamento Digital da Advocacia em Portugal
Não é incomum observar que existem ainda muitos advogados em prática individual cujo posicionamento digital é quase inexistente, ou mesmo absolutamente inexistente.
Esta é uma realidade que observamos de perto, fruto dos nossos serviços de posicionamento digital, os serviços Advogado 4.0 - The Next Level, que nos obrigam a analisar o posicionamento digital da advocacia em diferentes áreas do país.
Os advogados que têm um mínimo de presença digital, seja através de uma página no Google, ou daqueles sites que fazem lembrar as 'páginas amarelas', não é incomum ver informações com moradas desatualizadas ou até números que já não existem.
Também não é incomum que perfis criados no Google não tenham imagens, qualquer otimização SEO (Search Engine Optimization) ou avaliações de clientes satisfeitos com os serviços prestados pelo advogado.
Por outro lado, é frequente observar perfis no Google com avaliações negativas, prejudicando fortemente a reputação do advogado, muitas vezes injustamente.
Avaliações positivas normalmente requerem um pedido, já as negativas geram uma motivação autónoma intensa. E não é possível removê-las, só em casos excecionais, pelo que nesses casos mais vale eliminar o perfil no Google.
Fora isto, temos alguns advogados que hoje em dia têm vindo a reforçar a sua presença nas redes sociais. E muito bem. Mas as redes sociais dificilmente conferem posicionamento digital, servem geralmente para despertar a atenção.
Quando precisam de um advogado, as pessoas perguntam geralmente ao Google, algumas à Inteligência Artificial. E, neste último caso, são recomendados se tiverem um bom posicionamento e reputação no Google.
A relevância de ter um site profissional, otimizado e intuitivo.
Já quanto aos sites, não é incomum ver advogados sem ter um site. Ou, nalguns casos, ter um site amador, sem otimização para aparecer no topo das pesquisas no Google (SEO), sem um desgin intuitivo, sem clareza quanto aos serviços prestados, sem CTA's (chamadas para a ação).
Um site não é uma ferramenta útil à advocacia no século XXI, é uma ferramenta absolutamente fundamental para converter potenciais clientes. Contudo, um site amador potencia fortemente o efeito contrário.
É importante clareza quanto aos serviços do advogado, saber quem ele é, quais os honorários que pratica. É importante que a navegação seja relativamente intuitiva, facilitando a forma de estabelecer contacto, ou mesmo marcar consultas jurídicas.
E dizemo-lo com conhecimento efetivo, fruto dos nossos serviços Advogado 4.0 - The Next Level, que nos permitem observar esta realidade de perto, identificar erros, compreender onde fazer melhorias.
Por exemplo, este verão tivemos dois clientes que em meados de agosto já tinham consultas jurídicas agendadas para setembro. Não só foi facilitada essa opção às pessoas que visitaram os sites, elas gostaram do que viram nessas visitas e realizaram imediatamente o agendamento.
Eis aqui um exemplo de uma mensagem de WhatApp, entre outras, que recebi de um cliente satisfeito com o posicionamento digital que implementámos:

Esta publicação foi originalmente partilhada no LinkedIn, pode ser vista aqui.
Um site profissional, devidamente estruturado e otimizado, é algo absolutamente fundamental.
E é também fundamental para trilhar um percurso em que o advogado se possa destacar e alcançar clientes nas suas áreas de atuação preferencial.
É isso que vamos ver de seguida.
O caminho para que o advogado exerça nas suas áreas de atuação preferencial
Conversamos com diferentes advogados regularmente. Alguns perguntam-nos se não basta produzir conteúdos nas redes sociais para se posicionarem em determinadas áreas e, com isso, atrair potenciais clientes.
A produção de conteúdos nas redes sociais é muito importante. Com o tempo os conteúdos melhoram, torna-se mais claro identificar o público-alvo, despertam o interesse de potenciais clientes.
Mas é insuficiente para ao conversão de potenciais clientes em efetivos clientes. Entendemos, como já tivemos oportunidade de escrever anteriormente, que as redes sociais são importantes para complementar o posicionamento digital.
Mas o potencial cliente deve ser encaminhado para o site do advogado, onde poderá consumir conteúdos informativos e úteis, pensados precisamente para o público-alvo, como nós fazemos com os nossos artigos, dirigidos a advogados.
Esse conteúdo, sendo um conteúdo estratégico, integrado por palavras-chave, tem a vantagem de ser lido não só por pessoas que se interessem nas redes sociais e cheguem ao site do advogado, mas também por pessoas que façam pesquisas sobre o tema na Internet.
E este é o caminho que permite ao advogado destacar-se nas suas áreas de atuação preferencial, nomeadamente no local ou zona envolvente onde exerce a sua atividade.
Considerações finais
O que impede o exercício da advocacia nas suas áreas de atuação preferencial não é o número de pessoas que precisam dos serviços jurídicos do advogado, é ocorrer uma dispersão dessas pessoas por diferentes advogados.
O posicionamento digital permite fazer chegar o cliente ideal ao advogado. Mas, claro, é necessário fazer as coisas da maneira certa. E isso exige foco e clareza.
A boa notícia é que, ao momento em que escrevemos este artigo, os advogados que adotem estas estratégias estão numa posição de vantagem.
Nem mesmo sociedades de média dimensão estão a fazer apostar devidamente no digital, por enquanto.
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O evento é gratuito e vamos sortear dois livros jurídicos.
As inscrições terminam já amanhã.
Um bem-haja,
LPM
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